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Resiliência em tempos de crise: a necessidade de comportamento e legado

A enchente que assolou nossa cidade mostra a importância de sermos resilientes. Por mais difícil que seja o momento, é importante tirarmos algum ensinamento disso tudo. Como empresários, temos o desafio de trabalhar em várias frentes: a busca do bem-estar das pessoas, a reconstrução das moradias afetadas e as condições para o rápido retorno da operação nas nossas empresas. Nesses momentos de adversidade, duas características se destacam: comportamento e legado.

O comportamento proativo diante da crise é crucial. E nisto, os voluntários de todas as frentes deram um exemplo vivo de capacidade de ação do povo pelo povo, desde o primeiro dia da subida das águas até hoje. Foi preciso vencer o desânimo inicial e encontrar forças para arregaçar as mangas e agir nas mais diversas fases desta calamidade.

Agora, o esforço está voltado para o retorno aos lares e à volta da operação efetiva das empresas de todos os setores. Somente com empresas produzindo e o retorno ao trabalho é que se garante a manutenção do emprego e, consequentemente, a dignidade social do nosso povo. Sem geração de empregos, a máquina não funciona e o risco da dependência do assistencialismo é iminente; o que de nenhuma forma queremos para os canoenses e aos gaúchos.

Qual o legado que essa crise deixará para as futuras gerações? Talvez o mais importante seja entender, perceber, monitorar e exigir ação do estado em momentos de desastre natural. A resposta do governo em apoio emergencial e a inexistência de planejamento de longo prazo revelam áreas que precisam ser fortalecidas, melhoradas e/ou alteradas.

Nós, empresários, também devemos fazer o dever de casa e revisar os nossos planos de contingência, reavaliando estratégias de gestão de riscos e investindo em medidas preventivas para mitigar os danos em eventos futuros. O impacto na indústria foi severo e o perfil de gestão será necessário para enfrentar os desafios atuais e exigirá uma combinação de adaptabilidade, inovação e responsabilidade social. Empresas que investem em tecnologia, diversificação de receitas e desenvolvimento de talentos, alinhadas a conceitos de ESG, estarão mais bem preparadas para enfrentar as incertezas.

Sabemos que o momento não é fácil, porém, unindo a resiliência da iniciativa privada e condições especiais para o retorno das empresas às suas atividades, será possível manter a empregabilidade das milhares de pessoas.  

Por outro lado, a força do associativismo nos dá a segurança de que não estamos sós neste momento. Na CICS somos aproximadamente 400 associados, onde temos a oportunidade de trocar experiências a fim de encontrar meios de enfrentar os desafios atuais e os que inevitavelmente virão.

Você, empresário de todos os setores, em especial da indústria, se junte à CICS Canoas, certamente estará fortalecendo ainda mais a comunidade empresarial e assim ajudando nossa Canoas.


WILLIAM BOND

Vice Presidente de Indústria da CICS Canoas

 

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